Facilitei uma Lean Inception para uma equipe de Data Science. Não era exatamente uma Lean Inception para elaborar um produto e alinhar o grupo de pessoas sobre MVP, com suas funcionalidades e hipóteses.
No contexto dessa Lean Inception precisávamos buscar o entendimento e o alinhamento sobre as atividades de data science e data engineering, e as validações das hipóteses (via MVPs).
Segue a foto da agenda burn-up dessa Lean Inception.
Note a ordem das atividades. Seguimos a agenda da Lean Inception, com um pequeno ajuste: brainstorming de hipóteses as invés de brainstorming de funcionalidades.
As atividades visão do produto e o ENFN—É-Não é-Faz-Não faz– ajudaram a equipe a compartilhar e alinhar sobre a visão do negócio.
As atividades sobre personas e jornadas ajudaram a equipe a compartilhar e alinhar sobre os usuários finais do produto (que geravam dados) e os clientes do nosso “produto”, que necessitam de mais assertividade. (“produto” está entre aspas pois tem pouca interface, mas muito algoritmo e manipulação de dados)
Brainstorming de hipóteses
Para Resolver… PROBLEMA
Acreditamos Que… <Ideias/Hipóteses/Atividades>
Sabemos Que Isso Funcionou Se… RESULTADO ESPERADO
A partir desse template, preenchemos a primeira e a última lacuna – PROBLEMA e RESULTADO ESPERADO. A primeira estava mais relacionada ao problema dos usuários e a última a necessidade do negócio. Em seguida eu perguntei: quais são todas as ideias/hipóteses/atividades que podemos sugerir para essa segunda lacuna.
Essa foi a atividade Brainstorming de Hipóteses. A equipe escreveu vária post-its. Alguns desses no estilo: “verificar que tal coisa resolve isso” outros no estilo: “fazer tal atividade”.
Depois disso, continuamos seguindo a sequência de atividades recomendadas para a Lean Inception: Revisão técnica, de negócio e de UX; seguido pelo Sequenciador e pelo Canvas MVP.
A receita da Lean Inception funcionou muito bem, mesmo com a característica e o contexto de data science e algoritmos.
Duas foram as variações que utilizei (e recomendo nesse contexto específico):
- Sobre a palavra funcionalidade. A palavra funcionalidade não encaixava tão bem nesse contexto. Mudei a palavra. Passei a chamar de hipóteses ou atividades… do MVP.
- Sobre as jornadas. Essas não foram tão úteis para entender o passo a passo do usuário e pensar onde podemos melhorar sua vida com uma funcionalidade do produto (a ser validado via o MVP). As jornadas foram úteis como um exercício de empatia, para conversamos sobre os usuários da nossa solução e os seus problemas atuais. As jornadas nos ajudaram a entender as dores e elaborar hipóteses e atividades (a serem validades via MVP).