Resultado-chave versus atividades para alcançar o Resultado-chave

21 jul 2020 | OKR

Percebi que várias pessoas confundem “Resultado-chave” com “Atividades para alcançar Resultado-chave”. Muitas vezes, eu facilito uma sessão para uma equipe definir seus OKRs. E eu tenho visto essa confusão, em muitas equipes.

Não confunda “Resultado-chave” com “Atividades para alcançar Resultado-chave”. Tweet This.

Veja o exemplo de OKR a seguir (do artigo do Felipe Castro sobre OKR):

Objetivo: criar uma experiência incrível para o cliente

Resultado-chave: Melhorar o NPS de X para Y.

Agora, imagine que o João trabalha na equipe responsável por melhorar esse KR (Key Result, em inglês), então o João sugere o seguinte:

Atividade para alcançar este KR: Criar um novo modelo de assinatura.

O João acredita que essa atividade — criar um novo modelo de assinatura — ajudará a alcançar o KR.

O ponto é que, na sessão OKR, o João e todos devem se concentrar na definição dos KRs. O momento é de definir O QUE constitui os KRs. Depois, em um segundo momento (provavelmente em uma outra reunião), esse grupo de pessoas que definiu os KRs deve refletir sobre COMO atingir esses KRs.

Muitas pessoas devem ter ideias de atividades e formas para alcançar o KR. Então, nesse segundo momento — uma sessão sobre COMO alcançar os KRs –, convide mais pessoas e fomente muita conversa sobre possíveis atividades e formas para alcançar o KR. Não se limite somente ao grupo que inicialmente definiu os KRs.

Esse é  o ponto principal: Se você está numa sessão de definição dos OKRs, mesmo que você pense em uma atividade para alcançar um KR, não descreva o KR em termos dessa atividade. Em vez disso, descreva-o com base nos resultados que você espera alcançar.

No melhor cenário, você executa a atividade para alcançar o KR e comemora que fez um bom progresso para alcançá-lo.

Mas, por outro lado, se você não conseguir isso com a atividade em que havia pensado originalmente, ainda terá a chance de pensar em outras opções para alcançar o KR.

Não há nada de errado em manter suas opções em aberto, especialmente se você, efetivamente, trabalha com OKR. Então, meu conselho:

Não descreva um KR em termos de uma atividade para alcançar o resultado; em vez disso, descreva-o em termos do resultado esperado.

 

 

Paulo Caroli

Paulo Caroli é um apaixonado por inovação, empreendedorismo, produtos digitais, processo, pessoas e transformação. Como autor do best-seller “Lean Inception” e facilitador de workshops estratégicos, sua contribuição tem sido fundamental para o avanço de práticas ágeis em diversas organizações. Como autor, palestrante, consultor e facilitador, Caroli já ajudou muitas pessoas, times e organizações a desbloquear ideias e aprimorar a forma de trabalhar, inspirando muitos a buscar o sucesso em suas próprias trajetórias profissionais.
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