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Neste artigo, o autor Paulo Caroli apresenta suas considerações sobre a Tecnologia Blockchain.
Com um formato de inovação disruptiva, Caroli enfatiza que o Blockchain pode ser descrito como um mecanismo de confiança aumentada, sendo baseado em um controle e verificação completamente descentralizados. Confira mais detalhes a seguir.
“O Blockchain pode ser descrito como um mecanismo de confiança aumentada.
Simples assim. Veja o Bitcoin. Um dinheiro eletrônico sem nenhuma intervenção de governos ou de bancos.
O sistema por trás do Bitcoin é o Blockchain, o que possibilita o mecanismo de confiança aumentada para as transações seguras da criptomoeda.
O mundo estava acostumado com instituições centralizadoras e controladoras para prover informações e transações de forma segura: seja a Casa da Moeda de um país, que controla a emissão de novas cédulas e moedas, um banco, que controla as transações financeiras dos seus correntistas, ou o governo do país, que faz os ajustes financeiros que achar necessário.
O Blockchain é, justamente, o oposto de centralizador. Ele é baseado em um controle e verificação completamente descentralizados.
Apresento a você um exemplo simples para ilustrar o contexto. Aprendi ele com meu colega e especialista em Blockchain, o Professor Rafael Nasser:
Imagine o professor Rafael fazendo a chamada em uma sala de aula. Tradicionalmente (e de forma centralizadora), o professor iria ler uma lista de alunos e marcar a presença para aqueles que respondessem “presente”, uma vez que seus nomes estavam sendo chamados.
Num estilo Blockchain (descentralizado), não existe mais o papel centralizador de uma pessoa que faz a chamada.
Imagine que, agora, quatro dos vários alunos assumem um papel de mineradores da chamada ou responsáveis por extrair os dados para a chamada ser realizada.
Considere que cada aluno possui um número identificador. A imagem abaixo mostra o esquema. Para simplificar os números são de um a vinte.
O algoritmo (a regra) para a contagem e verificação da chamada dos alunos é previamente estabelecido entre todos.
Os alunos seguem a ordem das cadeiras onde estão sentados e falam seus identificadores em voz alta.
A cada dois alunos, os mineradores criam um bloco e somam os identificadores. Abaixo, a imagem com o exemplo dos três primeiros blocos criados.
A regra permanece: a cada dois alunos, um bloco é criado, onde o valor dos identificadores é somado e anotado.
Mas, tem mais uma regra, exatamente a regra que faz o “chain” com os blocos anteriores.
A soma dos blocos atuais deve ser somada ao resultado apresentado pelo bloco anterior. Vide o exemplo acima da chamada até o sexto aluno.
E assim sucessivamente, continuando e adicionando ao Blockchain.
Segurança e verificação – No exemplo apresentado, os mineradores se falam ao final de cada soma de um bloco. Fazem isso para verificar que a maioria encontrou o mesmo resultado.
Se, por algum motivo, alguém tiver um resultado diferente (ou um erro computacional ou uma falha de segurança), esse é descartado para ser substituído pelo valor correto (segundo a maioria).
Esse exemplo é muito simples, mas funciona para ilustrar de forma muito breve as características de descentralização, sindicância e segurança do Blockchain.
Seguimos aprendendo muito sobre esse tema da Tecnologia Blockchain aqui na Caroli.org. Em um futuro próximo, por que não aplicarmos essa iniciativa em nossa área financeira, por exemplo, facilitando e agilizando processos e tornando os mesmos descentralizados?
Fica o questionamento e, em breve, voltaremos com essa pauta.”
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